Mulheres com autoestima elevada e vida sexual prazerosa costumam ter algo em comum, além de se mostrarem de bem com a vida: cuidados constantes com a região íntima. Isso não significa que mantêm apenas a depilação em dia, mas que apresentam hábitos saudáveis e estão de olho em qualquer alteração, como problemas no ciclo menstrual e corrimentos. No outro extremo, sexo desagradável e autoestima baixa podem se traduzir em descuidos ginecológicos.
Entre as formas de este quadro mudar está o conhecimento da região íntima. Segundo o ginecologista Eliano Pellini, chefe do setor de saúde e medicina sexual da Faculdade de Medicina do ABC, a masturbação é um grande aliado da mulher, para o conhecimento de sua área ginecológica, até para indicar ao parceiro os locais de mais prazer. "Isso ajuda muito a autoestima", disse.
A relação entre saúde e nível de estima feminino também é notada no desleixo com a região genital. "Apesar de não ter pesquisas que comprovem tal fato, os ginecologistas atentos às pacientes identificam essa ligação facilmente. Além disso, mulher com lado emocional perturbado, como quando o parceiro morre, predispõe-se a doenças malignas e benignas, como hipotireoidismo, câncer mamário e lúpus."
Entre os descuidos mais comuns está deixar de lado ou nem notar alguma disfunção menstrual, como ciclo irregular repleto de atrasos ou antecipações.
Tempos depois, quando decide ir ao médico por um verdadeiro milagre, descobre que está com um mioma grande ou outro problema grave, que podia ter sido diagnosticado no princípio com menos prejuízos à saúde. "O melhor espelho para saber se a mulher está com a estima em ordem é o seu padrão menstrual."
Zelar pela saúde da região íntima é uma forma de contribuir com o ânimo feminino e, ainda, melhorar o sexo. Confira oito dicas listadas pelo médico, que inclui, além da masturbação, atenção à depilação, ao sabonete que usa na região, às peças íntimas e a escolha de um parceiro sexual com pegada:
1) Vá ao ginecologista periodicamente
Marcar consulta com um ginecologista não é exclusividade de quando a pessoa nota que algo realmente não vai nada bem. Tem de ir ao médico regularmente para que identifique possíveis problemas no começo.
"Há mulheres que fazem as unhas se manalmente, mas ficam dez anos sem ir ao ginecologista. Mas os homens prestam mais atenção na parte íntima feminina do que nas unhas e cabelos, que recebem muitos investimentos."
Conte tudo ao profissional, sem constrangimentos. A lista de detalhes importantes a serem informados traz uso de pílula e de antibióticos, contato com doenças sexualmente transmissíveis, cirurgia ginecológica, parto, aborto, desconforto sexual, dificuldade para colocar ou retirar absorvente interno, cólicas e menstruação irregular.
2) Ventilação
Mantenha a região íntima arejada, porque o abafamento leva à proliferação de bactérias. "O grupo que usa muita calça jeans, meia de náilon e outras peças justas tem uma série de queixas vaginais."
Calma, isso não significa que deve usar apen as saia e andar sem peças íntimas por aí. Basta evitar o uso de protetor de calcinha e de roupas muito apertadas.
Vale apostar em lingeries confortáveis de algodão no dia a dia. "Quando for namorar, pode usar uma mais sexy, até porque logo vai tirá-la."
3) Masturbação
A masturbação ainda é tabu para muitas mulheres, mas é uma demonstração de cuidado. "O principal descuido é não dar a devida importância à região. Há mulheres que ficam sem vida sexual e não se masturbam, esquecem que esse território exige treino e atenção."
O médico ressaltou que não tem sentido uma garota que nunca se tocou iniciar a vida sexual. Segundo ele, é preciso treinar e, então, indicar ao parceiro como é melhor. "Orgasmo não vem do céu. Aliás, o vibrador é uma coisa necessária a todas e ajuda na autoestima."
4) Livre-se dos tabus sexuais e tenha um bom parceiro
Pellini afirmou que pacientes que reclamam de a vagina não suportar a vida sexual, na verdade, não gostam da transa. "A vagina é algo planejado para suportar o sexo. Sendo assim, uma mulher recatada que, no dia seguinte da relação, fica toda ferida, é porque não está bem. Ela tem de estar bem estimulada e ter um parceiro adequado, com pegada, uma dose de safadeza, que passe confiança e a faça sentir protegida."
5) Depilação
Não se depile por completo frequentemente, mesmo que o parceiro insista na ideia. É que os pelos protegem a região e a mulher antenada elimina as chances de desenvolver qualquer infecção.
A recomendação p ara ficar confortável com o biquíni ou a calcinha sem deixar a região exposta é depilar três dedos acima do clitóris, três abaixo e deixar dois dedos nas laterais. Os pelos não podem ser muito curtos, por isso, devem ter dois dedos de altura.
6) Sem peças molhadas
O verão está aí e é comum que as mulheres permaneçam com o mesmo biquíni ou maiô após se refrescarem na piscina ou no mar. Grande erro e descuido. Não fique com peças molhadas, porque favorecem infecções.
7) Troque o absorvente interno
O absorvente interno é uma verdadeira mão na roda, principalmente quando a menstruação dá o ar da graça bem durante uma viagem repleta de piscinas e praias.
Mas ninguém deve permanecer com ele por muito tempo. Troque-o, no máximo, a cada tr&ecir c;s horas. "Se passa disso, em vez de absorvente, se torna um irritante."
8) Higiene íntima
Assim como tem o cuidado de escolher a escova e a pasta de dente ideal, é fundamental lavar o órgão sexual com o produto correto. Sabonetes comuns têm pH alcalino (próximo de 9), tornando a mulher candidata a infecções por conta da queda da defesa natural.
Use sempre os íntimos com pH ácido (próximo de 4). Lembre-se de lavar as calcinhas também com sabão próprio. Os convencionais podem promover alergias.
By Site Camaçari Notícias