segunda-feira, 26 de abril de 2010

Médico recomenda masturbação contra baixa autoestima

Mulheres com autoestima elevada e vida sexual prazerosa costumam ter algo em comum, além de se mostrarem de bem com a vida: cuidados constantes com a região íntima. Isso não significa que mantêm apenas a depilação em dia, mas que apresentam hábitos saudáveis e estão de olho em qualquer alteração, como problemas no ciclo menstrual e corrimentos. No outro extremo, sexo desagradável e autoestima baixa podem se traduzir em descuidos ginecológicos.
Entre as formas de este quadro mudar está o conhecimento da região íntima. Segundo o ginecologista Eliano Pellini, chefe do setor de saúde e medicina sexual da Faculdade de Medicina do ABC, a masturbação é um grande aliado da mulher, para o conhecimento de sua área ginecológica, até para indicar ao parceiro os locais de mais prazer. "Isso ajuda muito a autoestima", disse.
A relação entre saúde e nível de estima feminino também é notada no desleixo com a região genital. "Apesar de não ter pesquisas que comprovem tal fato, os ginecologistas atentos às pacientes identificam essa ligação facilmente. Além disso, mulher com lado emocional perturbado, como quando o parceiro morre, predispõe-se a doenças malignas e benignas, como hipotireoidismo, câncer mamário e lúpus."
Entre os descuidos mais comuns está deixar de lado ou nem notar alguma disfunção menstrual, como ciclo irregular repleto de atrasos ou antecipações.
Tempos depois, quando decide ir ao médico por um verdadeiro milagre, descobre que está com um mioma grande ou outro problema grave, que podia ter sido diagnosticado no princípio com menos prejuízos à saúde. "O melhor espelho para saber se a mulher está com a estima em ordem é o seu padrão menstrual."
Zelar pela saúde da região íntima é uma forma de contribuir com o ânimo feminino e, ainda, melhorar o sexo. Confira oito dicas listadas pelo médico, que inclui, além da masturbação, atenção à depilação, ao sabonete que usa na região, às peças íntimas e a escolha de um parceiro sexual com pegada:

1) Vá ao ginecologista periodicamente

Marcar consulta com um ginecologista não é exclusividade de quando a pessoa nota que algo realmente não vai nada bem. Tem de ir ao médico regularmente para que identifique possíveis problemas no começo.
"Há mulheres que fazem as unhas se manalmente, mas ficam dez anos sem ir ao ginecologista. Mas os homens prestam mais atenção na parte íntima feminina do que nas unhas e cabelos, que recebem muitos investimentos."
Conte tudo ao profissional, sem constrangimentos. A lista de detalhes importantes a serem informados traz uso de pílula e de antibióticos, contato com doenças sexualmente transmissíveis, cirurgia ginecológica, parto, aborto, desconforto sexual, dificuldade para colocar ou retirar absorvente interno, cólicas e menstruação irregular.

2) Ventilação

Mantenha a região íntima arejada, porque o abafamento leva à proliferação de bactérias. "O grupo que usa muita calça jeans, meia de náilon e outras peças justas tem uma série de queixas vaginais."
Calma, isso não significa que deve usar apen as saia e andar sem peças íntimas por aí. Basta evitar o uso de protetor de calcinha e de roupas muito apertadas.
Vale apostar em lingeries confortáveis de algodão no dia a dia. "Quando for namorar, pode usar uma mais sexy, até porque logo vai tirá-la."

3) Masturbação

A masturbação ainda é tabu para muitas mulheres, mas é uma demonstração de cuidado. "O principal descuido é não dar a devida importância à região. Há mulheres que ficam sem vida sexual e não se masturbam, esquecem que esse território exige treino e atenção."
O médico ressaltou que não tem sentido uma garota que nunca se tocou iniciar a vida sexual. Segundo ele, é preciso treinar e, então, indicar ao parceiro como é melhor. "Orgasmo não vem do céu. Aliás, o vibrador é uma coisa necessária a todas e ajuda na autoestima."

4) Livre-se dos tabus sexuais e tenha um bom parceiro

Pellini afirmou que pacientes que reclamam de a vagina não suportar a vida sexual, na verdade, não gostam da transa. "A vagina é algo planejado para suportar o sexo. Sendo assim, uma mulher recatada que, no dia seguinte da relação, fica toda ferida, é porque não está bem. Ela tem de estar bem estimulada e ter um parceiro adequado, com pegada, uma dose de safadeza, que passe confiança e a faça sentir protegida."

5) Depilação

Não se depile por completo frequentemente, mesmo que o parceiro insista na ideia. É que os pelos protegem a região e a mulher antenada elimina as chances de desenvolver qualquer infecção.
A recomendação p ara ficar confortável com o biquíni ou a calcinha sem deixar a região exposta é depilar três dedos acima do clitóris, três abaixo e deixar dois dedos nas laterais. Os pelos não podem ser muito curtos, por isso, devem ter dois dedos de altura.

6) Sem peças molhadas

O verão está aí e é comum que as mulheres permaneçam com o mesmo biquíni ou maiô após se refrescarem na piscina ou no mar. Grande erro e descuido. Não fique com peças molhadas, porque favorecem infecções.

7) Troque o absorvente interno

O absorvente interno é uma verdadeira mão na roda, principalmente quando a menstruação dá o ar da graça bem durante uma viagem repleta de piscinas e praias.
Mas ninguém deve permanecer com ele por muito tempo. Troque-o, no máximo, a cada tr&ecir c;s horas. "Se passa disso, em vez de absorvente, se torna um irritante."

8) Higiene íntima

Assim como tem o cuidado de escolher a escova e a pasta de dente ideal, é fundamental lavar o órgão sexual com o produto correto. Sabonetes comuns têm pH alcalino (próximo de 9), tornando a mulher candidata a infecções por conta da queda da defesa natural.
Use sempre os íntimos com pH ácido (próximo de 4). Lembre-se de lavar as calcinhas também com sabão próprio. Os convencionais podem promover alergias.
By Site Camaçari Notícias

sábado, 17 de abril de 2010

BOMBA BOMBA!Foi descoberto a principal causa de ocorrências de terremotos no mundo!

O aumento de relações sexuais ilícitas é a causa do aumento dos terremotos, segundo o aiatolá Kazem Sedighi, imã das orações de sexta-feira em Teerã, citado neste sábado pelo jornal iraniano Aftab.

"As catástrofes naturais são o resultado de nosso próprio comportamento", declarou Sedighi.

"Muitas mulheres mal vestidas" (que não respeitam a roupa islâmica) "corrompem os jovens, e o aumento das relações sexuais ilícitas faz crescer o número de terremotos", declarou.

Os religiosos conservadores denunciam regularmente o desrespeito ao rígido código de vestimentas islâmico de parte das jovens iranianas, principalmente em Teerã e nas grandes cidades do país.

"Não temos outra opção a não ser nos conformarmos com as regras do Islã", afirmou o aiatolá Sedighi, lembrando as recentes declarações do presidente Mahmud Ahmadinejad que havia advertido para os riscos de um terremoto em Teerã.

Sedighi também afirmou que "um esforço coletivo é necessário" para solucionar os problemas da sociedade provocados pelo "aumento da idade do casamento e pelo número de divórcios".
By Yahoo

Fórmula para uma pessoa melhor

Nascido no longínquo ano de 610 a.C., tendo um cérebro sofisticado e aberto à novas ideias como ferramenta de trabalho, o grego Anaximandro foi capaz de conceber teorias que para muitos de sua época soavam como alucinação.
Anaximandro dizia que uma partícula primordial – o ápeiron – havia se expandido para formar tudo que conhecemos (teoria do Big-Bang), que o mundo sustentava-se por um equilíbrio de forças (teoria da Gravidade) e que a vida havia surgido em criaturas simples nos mares, adquirido complexidade e então migrado para a terra (teoria da evolução das espécies). Espetacular.
Imagine você 2.500 anos atrás. Lençol branco enrolado no corpo e botas do filme 300. Um perfeito temente a Zeus, levando célere sua oferenda na multidão que se dirige ao oráculo.

- Ihh… – Você diz.

- O que foi? – Pergunta o sujeito ao seu lado na fila do oráculo.

- Olha aí, lá vem ele de novo… – Você vira o rosto como quem procura um conhecido do outro lado da Acrópole, mas o velhinho encurvado que se aproxima rápido não se acanha.

- Ei! Ei!

- Ele tá lhe chamando – Diz o vizinho da fila, cutucando seu braço. Você ainda tenta fazer cara de paisagem, mas não adianta. O velhinho já grudou na manga da sua túnica.

- Ei! Ei!

- Oi, seu Anaximandro. Tudo bem com o senhor?

- Você sabia… – Grita ele, com a vivacidade de um adolescente e os tímpanos de um granito. – Você sabia que existem copos minúsculos de cargas opostas que atuam trocando energia e anulando-se uns aos outros?

- Sei, sei. Certo.

- Você entende?

- Humrum, humrum.

- Observe! – Ele solta sua manga para desenhar um amplo arco com as mãos espalmadas, cobrindo o horizonte à frente com um olhar perdido. – Toda a matéria que se vê aparece e desaparece continuamente!!

Você aproveita a deixa, segura firme a carijó aninhada no seu colo e segue a fila para dentro da segurança do templo, longe das ideias malucas do velhinho surdo. Mas ainda consegue ouvir alguma coisa sobre o ilimitado, o infinito, o indefinido e o eterno. “Que monte de besteira!”, pensa, fitando a galinha nos olhos.
Anaximandro deve ter sido um cara bem estranho – assim como boa parte das descobertas de hoje. Dezenas de séculos se passaram, e o conhecimento ainda assombra e confunde.
Caminhamos por esta Era da Informação trazendo no colo o ranço de tradições antiquíssimas. E uma dessas tradições é exatamente o apego à crença íntima de que você, lá no fundo, já nasce sabendo tudo que é preciso para gerenciar sua própria saúde e sua vida.
Escolas, faculdades, professores, livros, bibliotecas, orientadores, oráculos e gurus são, no grosso modo, temperos quase dispensáveis. O importante é a SUA interpretação do que é melhor para você e do que não é tanto. Não é isso?
Ledo engano.
Fazendo algumas contas outro dia, percebi que já atendi umas 500 mil pessoas desde que coloquei as mãos no danado do diploma. 500 mil pessoas. Quase Ribeirão Preto inteira ou quatro Itu, ou duas São Carlos, ou meia Campinas. 500 mil viventes.

Pedindo e aceitando ajuda

Imagine que cada pessoa vem ao consultório com cerca de 3 queixas diferentes. Dor no peito, na cabeça e tosse. Ansiedade, insônia e palpitações. Enjôo, febre e urina ardendo. Etc. Pois bem. Depois de levantar e sentar da cadeira, medir pressão, auscultar pulmões e ouvir mais de 1 milhão e meio queixas, cheguei à conclusão de que ser capaz de aceitar os próprios erros e limitações, pedindo e aceitando ajuda, é talvez a tarefa mais árdua pela qual um ser humano pode passar.
E não digo ajuda no termo paternal. Digo ajuda no sentido “tapa na orelha”.
Nem todo mundo que lhe agrada quer o seu bem. Nem todos que lhe agridem querem o seu mal. Algumas coisas estarão escritas em letras douradas, e estarão completamente erradas. Outras serão deduzidas com a lógica mais tosca do mundo, e estarão profundamente corretas. A solução para o seu problema pode estar escondida em um outro problema, como alguém segurando a sua manga e lhe falando sobre coisas que você não entende – ainda.
Felizmente, para ter discernimento e entender a fórmula de como tornar-se uma pessoa melhor não é preciso uma sabedoria de Anaximandro. Basta um pouco de humildade e uma pitadinha de inteligência. Será que você consegue?
By Yahoo

sexta-feira, 16 de abril de 2010

@doradas também é cultura!E dou o crédito!

Beba água com estômago vazio.

Hoje é muito popular, no Japão, beber água imediatamente ao acordar. Além disso, a evidência científica tem demonstrado estes valores. Abaixo divulgamos uma descrição da utilização da água para os nossos leitores.
Para doenças antigas e modernas, este tratamento com água tem sido muito bem sucedido....
Para a sociedade médica japonesa, uma cura de até 100% para as seguintes doenças:

Dores de cabeça, dores no corpo, problemas cardíacos, artrite, taquicardia, epilepsia, excesso de gordura, bronquite, asma, tuberculose, meningite, problemas do aparelho urinário e doenças renais, vômitos, gastrite, diarreia, diabetes, hemorroidas, todas as doenças oculares, obstipação, útero, câncer e distúrbios menstruais, doenças de ouvido, nariz e garganta.

Método de tratamento:

1. De manhã e antes de escovar os dentes, beber 2 copos de água.

2. Escovar os dentes, mas não comer ou beber nada durante 15 minutos.

3. Após 15 minutos, você pode comer e beber normalmente.

4. Depois do lanche, almoço e jantar não se deve comer ou beber nada durante 2 horas.

5. Pessoas idosas ou doentes que não podem beber 2 copos de água, no início podem começar por tomar um copo de água e aumentar gradualmente.

6. O método de tratamento cura os doentes e permite aos outros desfrutar de uma vida mais saudável.


A lista que se segue apresenta o número de dias de tratamento que requer a cura das principais doenças:

1. Pressão Alta - 30 dias

2. Gastrite - 10 dias

3. Diabetes - 30 dias

4. Obstipação - 10 dias

5. Câncer - 180 dias

6. Tuberculose - 90 dias

7. Os doentes com artrite devem continuar o tratamento por apenas 3 dias na primeira semana e, desde a segunda semana, diariamente.

Este método de tratamento não tem efeitos secundários. No entanto, no início do tratamento terá de urinar frequentemente.
É melhor continuarmos o tratamento mesmo depois da cura, porque este procedimento funciona como uma rotina nas nossas vidas. Beber água é saudável e dá energia.
Isto faz sentido: o chinês e o japonês bebem líquido quente com as refeições, e não água fria.
Talvez tenha chegado o momento de mudar seus hábitos de água fria para água quente, enquanto se come. Nada a perder, tudo a ganhar!

Para quem gosta de beber água fria.

Beber um copo de água fria ou uma bebida fria após a refeição solidifica o alimento gorduroso que você acabou de comer. Isso retarda a digestão.
Uma vez que essa 'mistura' reage com o ácido digestivo, ela reparte-se e é absorvida mais rapidamente do que o alimento sólido para o trato gastrointestinal. Isto retarda a digestão, fazendo acumular gordura em nosso organismo e danifica o intestino.
É melhor tomar água morna, ou se tiver dificuldade, pelo menos água natural.

Nota muito grave - perigoso para o coração:

As mulheres devem saber que nem todos os sintomas de ataques cardíacos vão ser uma dor no braço esquerdo.
Esteja atento para uma intensa dor na linha da mandíbula. Você pode nunca ter primeiro uma dor no peito durante um ataque cardíaco.
Náuseas e suores intensos são sintomas muito comuns.
60% das pessoas têm ataques cardíacos enquanto dormem e não conseguem despertar. Uma dor no maxilar pode despertar de um sono profundo...

Sejamos cuidadosos e vigilantes.
Quanto mais se sabe, maior chance de sobrevivência...
Um cardiologista diz que se todos que receberem esta mensagem, a enviarem a pelo menos uma das pessoas que conhecem, pode ter a certeza de que, pelo menos, poderá salvar uma vida.
Enviado por Vitor Rodrigues

sexta-feira, 9 de abril de 2010

“I’ll be there for you…” Alguém ainda acredita no Bon Jovi? Parte 2

Como fazer o impossível

Andar junto é como andar vendado no meio do deserto. Ou nadar de olhos fechados. Nunca sabemos se o outro está mesmo ao nosso lado.
Por medo de ver, neste exato momento, que o outro não está tão perto assim, fechamos bem os olhos e confiamos em nossos instrumentos de medição, como o sonar de um submarino. A incerteza da distância é mais confortável do que a visão da localização exata. É de olhos fechados que ouvimos e dizemos: “I’ll be there”. O outro nunca esteve aqui, nós nunca estivemos lá, por isso sempre conjugamos o verbo no futuro. Nossa presença é promessa.
Um pouco de coragem e abrimos os olhos. Enxergamos, sem tanto desespero, que às vezes o outro se distancia muito. E que, na verdade, às vezes somos nós que nos afastamos. Ora, afinal quem define qual é o percurso do casal? Como pode apenas um se afastar?
De olhos abertos, o outro não parece capaz de nos salvar. Vemos seu andar meio torto. E suas fraquezas. Nós também não parecemos capazes de realmente estar lá pelo outro. Mal estamos lá por nós mesmos!
De olhos abertos, vemos que todos são como nós. Não há ninguém preparado para nos segurar. Ninguém para nos proteger e cuidar verdadeiramente. O fim dessa ilusão nos abre para a experiência da solidão, cuja tristeza tem a mesma medida da alegria em compartilhar a mesma solidão com os outros. O amor aumenta junto com a solidão. Cada um se sente mais presente, menos lá, mais aqui, e portanto mais irremediavelmente separado um do outro. Nascemos e morremos assim. Não daria para amar diferente.
Reconhecer a liberdade do outro (e a nossa) de ir embora a qualquer momento, amplificar e se comunicar com sua solidão, saber que nunca conseguiremos realmente estar lá; isso é estar lá.
By Não2Não1

segunda-feira, 5 de abril de 2010

“I’ll be there for you…” Alguém ainda acredita no Bon Jovi? Parte 1

A abundância de letras com essa expressão (”Eu estarei lá para você”) revela nossa necessidade de acreditar em uma mentira. Cantamos repetidamente em várias melodias para esquecer de que o outro não estará lá para nós.

A lógica ilusória do “Você me deve uma”

Temos várias dinâmicas internas que nos passam despercebidas, mas são a própria lógica pela qual operamos, base para muitos pensamentos e ações. Uma delas se encontra em amigos e parceiros de negócio. Sempre que alguém faz um favor, sua generosidade despretensiosa é trocada por um favor futuro. Deixamos de ser generosos para ser espertos. Podemos não cobrá-lo de imediato, mas a relação se estabelece dentro de uma estrutura viciada, a ponto do outro se adiantar: “Valeu mesmo, cara, fico te devendo essa”.
Ironicamente, tal cobrança muitas vezes é muito mais lúdica do que real. Por ser verbalizada, ela acaba sendo espontaneamente transgredida. A cerveja que pagamos é rapidamente esquecida, o favor entre empresas fica como cortesia, a amizade ou a parceria se aprofunda com base na própria generosidade, que a princípio parecia descartada.
Em um casal, muitas vezes esse filme tem outro desfecho. O altruísmo interesseiro que declaramos sem vergonha a outras pessoas é mascarado por uma suposta generosidade desinteressada. Ajudamos o outro, estamos lá durante as mortes na família, investimos tempo, ouvimos, abraçamos, vamos de um lugar a outro, oferecemos, oferecemos, oferecemos. Temos vergonha de admitir, mas ao fazer tudo isso esperamos, sim, algo em troca. Até mesmo o sacralizado amor materno sofre desse mal.
Seria melhor dizermos logo de cara – ludicamente – “Você me deve uma” do que nos fingirmos de sábios e acabarmos como bebês carentes cobrando o outro por tudo aquilo que nós oferecemos tão bem e ele não.
Sempre que construímos algo sem perceber, ou seja, sempre que entramos num filme sem perceber que é um filme, nos tornamos vítimas fáceis do sofrimento. Cobrar sem saber que está cobrando é como sair de casa e deixar dentro um macaco histérico: ele vai bagunçar tudo. É por isso que construir ludicamente é melhor, mesmo quando parece algo menos amoroso ou sábio. A gente cobra e vê que está cobrando. Levamos o macaco nos ombros e brincamos com ele.
Jogar limpo, sem vergonha de nosso espírito interesseiro, é o melhor caminho para explicitar a verdade e deixá-la brilhando na porta da geladeira, como um lembrete diário. Experimente afirmar em voz alta: “Ei, você me deve muita coisa!”. A frase já sai ridícula, patética, forçada, sem sentido algum. E é essa piada que nos comanda silenciosamente por dentro.
Evitamos falar para não ouvir, evitamos cobrar para não perceber o óbvio: por mais que você tenha feito de tudo para seu parceiro, ele nunca deve nada para você.

O outro não vai estar lá para você

“Whenever you need me, I’ll be there

I’ll be there to protect you, with an unselfish love that respects you

Just call my name and I’ll be there”


Piada ou não, o fato é que nós não resistimos e eventualmente abrimos a boca, esquecemos da pose generosa e, pronto, despejamos nossas expectativas, cobranças e interesses em cima do outro. É como se tivéssemos uma planilha de ROI. Secreta, pra piorar. O outro sequer sabe do que está sendo cobrado!
É bonito de se ver. A gente pode espernear, exigir, cobrar, mas nosso parceiro é livre, anda com os próprios pés, tem uma vida própria. Perceber essa autonomia e liberdade é justamente o que nos enche de tesão ao nos sentirmos desejados pelo outro (que poderia estar com outra pessoa, mas nos escolheu) e também o que nos deprime quando a coisa se inverte, quando seu desejo aponta em outra direção.
“Vamos viajar esse fim de semana?” ou “Pensei em deixar nossos filhos com meu irmão e ficarmos com a casa só para nós”, ela diz. E ele: “Não rola, preciso resolver umas coisas”. Ela pode pensar que ele não mais a deseja, mas o fato é que ele está em outro lugar. Nada demais, ou melhor, o suficiente para um grande incêndio.
Aquela semana que ela mais precisa dele é exatamente a semana em que ele não está focando nela.
Ele olha para sua planilha de grandes feitos e pensa: “Já passei dias no hospital com o tio dela, paguei as últimas quatro viagens inteiras, fui o último a dar presente, ajudei nisso, fiz aquilo, bom, tenho créditos para alguns meses ainda”. E então se dedica mais para seus projetos, esperando alguns meses de compreensão de sua mulher.
Ela olha para sua planilha de ROI e conclui: “Eu fiz muito mais do que ele, eu me dedico muito mais, só Deus sabe o quanto de amor e carinho já investi nessa relação… E agora ele fica distante assim? E ainda quer que eu entenda? Entenda como, me diz?”.
São diversas cenas possíveis. A mulher fica grávida, o sexo diminui e o marido acaba transando com outra. O cara passa por um período de confusão, perde energia e libido, então a mulher reclama para um amigo que termina jogando-a contra parede e fazendo tudo o que o marido está incapaz de fazer. A namorada se deprime, o cara não aguenta mais e fica agressivo no momento em que ela mais precisa de cuidado. Exemplos e mais exemplos diários de homens e mulheres que não estão lá.

O desafio de andar junto

No começo, tudo o que desejamos é andar em direção ao outro. Em suas primeiras noitadas, o casal mal consegue andar na rua. Demoram vários minutos para percorrer o mesmo trecho que anos depois vão cruzar em segundos. Ficam se abraçando, com vontade mesmo de ir um contra o outro. No dia seguinte, não importa por onde o outro andou, mas o quanto ele quer vir em nossa direção e o quanto queremos ir até lá.
A paixão funciona como uma noite de sexo que dura meses (às vezes anos)… até que chega a manhã seguinte.
Ela sai mais cedo porque tem uma reunião decisiva. Ele sai um pouco depois para mais um dia de trabalho. Ela está indecisa em relação ao tema do mestrado. Ele se preparando para uma viagem que vai mudar sua vida. Passa o dia e tudo o que fizeram foi andar, não mais em direção ao outro, mas com seus próprios direcionamentos. No lugar de uma lua romântica em comum, dois horizontes distintos.
O casal, então, descobre esse prazer maior de seguir junto, de avançar com um casal. Eles aprendem a andar de mãos dadas mesmo à distância. Compartilham mapas, mundos, signos, brincadeiras, olhares, pedrinhas no chão. Tudo aquilo que servirá como bússola para não se perderem um do outro na manhã seguinte.
E até que isso dá certo, às vezes por um longo tempo. Quanto mais mapas e mundos, olhares e pedrinhas, melhor. Nada impede, contudo, as névoas e neblinas vindas sei lá de onde. E nem todas as manhãs são precedidas por uma noite de aparelhos GPS piscando no mesmo local, de entrelaçamento, de pé com pé. E tem também o nosso andar caótico pra complicar. Não temos um só horizonte, temos dezoito.
Outra cena bonita de se ver. Quando percebemos o outro se distanciando 2 centímetros, às vezes agimos como pedintes, às vezes gritamos ou baixamos a energia, nos distanciando ainda mais. Só que o outro não achou que estava longe, mas agora vê nosso distanciamento (ou nossa cobrança ou nossos berros) e reage da mesma forma, se afastando. E então comprovamos: ele realmente não quer mais nada conosco!
É assim que um namoro acaba mesmo quando os dois querem continuar. Eles estão no mesmo lugar, mas se veem à distância. Ou acham que estão no mesmo lugar e quase morrem quando pegam o GPS e passam dias dando zoom out até aparecerem os dois pontinhos… Tão logo conseguem se aproximar, se agarram e fazem juras de nunca mais se afastarem.
Mas a manhã seguinte sempre chega. E os dezoito horizontes, o andar cambiante, a bússola desregulada. E a névoa e a neblina. (Cheguei a mencionar o ex-namorado?).